7.8.11

Sobre dar murro em ponta de faca

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Não vou me estressar com isso. Não vou me estressar com isso. Não vou me estressar com isso. Não vou me estressar com isso. Não vou me estres...

- NÃO ACREDITO QUE ISSO ACONTECEU.

6.6.11

Sobre escrever

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Escrever é minha válvula de escape. Eu escrevo desde que sei escrever, e, aos 13, eu criei meu primeiro blog. Minha mãe um belo dia me mostrou uma resportagem em algum jornal falando sobre blogs, supostos diários virtuais, e eu fiquei pensando porque caralhos quereria escrever num diário - ou pior, por que caralhos eu quereria disponibilizar online o meu diário, uma vez que há um concenso universal que diz que diários são páginas e páginas com tudo aquilo que você queria poder dizer por aí mas não pode porque o bom censo não permite. Aí eu percebi que a gente pode querer falar de um lado da nossa vida sem que isso signifique expor a outros, e assim eu criei um blog.
Escrever virou quase uma doença. Eu ouvia um diálogo engraçado na rua e passava o dia inteiro o reproduzindo na minha cabeça pra não esquecer, chegava em casa e escrevia sobre ele. (Não, ninguém me apresentou às cadernetas.) Acontecia alguma coisa comigo e eu queria colocar no blog. Eu tirava um 10 e queria colocar no blog. Minha mãe brigava comigo, blog. Eu tava com sono, blog. Eu sentia preguiça, blog. Aí, por um motivo ou outro, eu comecei a mudar de blog. Criar um novo blog. E parar de escrever. Criar um novo blog. E voltar a escrever. E parar de escrever. E voltar a escrever de novo. Coincidentemente ou não, me parece que os tempos em que eu escrevo pouco minha cabeça fica sobrecarregada. Se não-escrever é consequência de estar sobrecarregada ou estar sobrecarregada é consequência de não escrever, we'll never know.
... A questão é que, quando eu percebo que fico muito tempo sem escrever, não me parece bom, porque isso singnifica que minha válvula de escape quebrou. E, pra gente viver em paz, as válvulas de escape simplesmente não podem estar quebradas.

11.4.11

Sobre os questionamentos

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Será que eles não têm fim? Questionar faz pensar. Pensar demais fadiga. Fadiga me faz querer parar de pensar. Querer parar de pensar me faz pensar em como parar de pensar. Pensar em como parar de pensar me faz pensar em outra estratégia pra parar de pensar. Pensar em outra estratégia me faz pensar em outra coisa. Pensar em outra coisa me faz pensar em outra coisa. Percebem como o raciocínio é perpetuante?

9.4.11

Sobre o cansaço

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Preciso de uma carcaça nova pra me sustentar, porque essa tal de faculdade (ou as coisas que ela oferece) tem acabado comigo. Quando a gente é mais novo, pensa que faculdade é coisa de gente séria. Aí a gente entra nela e vê que isso é mó mentira.
Meu corpo dói inteiro. Tem um ponto em especial nas minhas costas, na borda da costela com o músculo que eu não sei o nome, que até me deixa sem ar quando pressionado. Meu pescoço nem mexe direito. No mais, preciso ler uma média de cem páginas por semana de coisas que me doem o pensamento só de imaginar. Mas, se você me perguntar se eu trocaria isso tudo por outra coisa, eu digo que não: a dimensão do cansaço é proporcional à minha felicidade nesse momento.

6.4.11

Sobre a produção

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Se eu estou feliz, não tenho vontade de fazer nada. Se estou triste, não tenho vontade de fazer nada. A diferença é que, quando eu tô triste, eu tenho tempo de sobra pra fazer qualquer coisa. Quando eu tô feliz, eu arranjo tempo pra fazer tudo, menos aquilo que eu acho que deveria estar fazendo. Mas isso não pega nada. Por definição, eu sou contraproducente.

E isso não é uma crise, só uma constatação.

Sabe...

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Que eu ando com tanta coisa na cabeça, mas sem vontade nenhuma de escrever?

4.4.11

Luto

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Perdi o meu primeiro blog. Nunca me dei o trabalho de salvar meus textos em outro lugar, nem de garantir sua sobrevivência, e eis que ele se foi. Queria relembrar o que eu escrevia aos treze. Paciência.

Mas... será que se eu mandar um email revoltado e dramático pra globo.com dizendo que eles apagaram, sem ao menos um aviso prévio, coisas importantíssimas, existenciais e que me ajudariam hoje a melhor compreender o meu eu interior, eles dão um jeito de resgatar os arquivos?

28.3.11

Sabe

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Acho que até que tem umas coisas aqui que valem a pena.

Sobre as generalizações

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Eu não faço, mas mulher é foda.

Sobre o preconceito

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Eu não tenho, mas não acredito que você fez isso.

12.3.11

Rapidamente

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Já faz um tempo que eu não escrevo, e antes desse tempo fazia mais tempo ainda. É que é difícil escrever sobre uma coisa que se quer, mas não se pode falar. Então hoje eu vou falar sobre o não-falar.

Falar é bom, falar é importante. Mas existem certas coisas sobre as quais simplesmente não se fala. Não se fala porque não se pode falar, porque os outros não podem saber, porque os outros não querem saber, porque os outros sabem, mas querem poder fingir que não sabem, ou, ainda, que os outros sabem, mas é melhor que eles não saibam que você sabe que eles sabem. Sabe?

Dá pra falar eternamente sobre o que não se fala, porém, sendo num blog onde todas as pessoas podem ler coisas que não se quer que elas leiam ou que elas próprias não gostariam de ler, só dá pra falar sobre o não-falar com meias palavras, de uma forma que não se fala de nada que se deveria falar pra explicar o não-falar.

Mas o que mata mesmo no não-falar é a intenção subconsciente que um tem de que o que não foi nem deveria ser falado chegue ao ouvido do que não deveria ouvir, assim, como que por acidente.

26.2.11

Só pra constar

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Se por acaso um dia eu fui capaz de me apaixonar por você, deve ter sido porque eu não te conhecia. E se por acaso um dia eu disse que não era mais apaixonada por você, era verdade. Se por um acaso algum dia escapar que eu ainda sou apaixonada por você, também é verdade. E quando você é capaz de se apaixonar pela mesma pessoa outra vez, é porque deve ser real.

É tentadora a ideia de que a sua felicidade depende completamente de uma pessoa. Mas pode ser igualmente desesperadora.

6.1.11

Sabe aquela coisa de...

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Quanto mais respostas eu procuro, mais perguntas eu encontro?

Nos últimos tempos meu estofo é só pergunta, pergunta de todos os tipos. Cada órgão meu tá preenchido por aglomerações de interrogações flutuantes e que se multiplicam por metástase. Os sete quilos que eu engordei ano passado? Engoli uma pergunta atrás da outra, e elas copularam dentro de mim e agora têm filhos, netos, bisnetos, uma família inteira.

Eu não quero saber o sentido da vida, o universo e tudo mais. Eu só quero saber qual é o caminho mais curto pra felicidade. Pedi muito? Não, veja bem, vou reformular minha questão... Ahh não, mais uma.