18.10.09

Sobre futebol e esse tipo de coisa

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Eu gosto tanto de futebol que às vezes até esqueço. Sabe, quando alguma coisa te faz tão feliz e você só lembra quando tá fazendo essa coisa? Sexta feira fui assistir o jogo do Santos feminino. A Marta e a Cristiane, mais especificamente. Além delas jogarem muito e de entender POR QUE a Marta é a melhor do mundo, só de entrar no estádio eu já fiquei feliz.
A diferença entre a tv e o estádio é tão brutal que até quem não gosta de futebol deve conseguir se entreter no estádio. É, de fato, um espetáculo. Tipo... tourada. Show de banda. Apresentação de circo, de dança, de tudo. Falei em tourada não por achar dahora ver o touro morrendo espetado lá no meio, mas por ser desse jeito meio coliseu de arquibancadas em torno dum picadeiro (ou qualquer outro nome variante disso, mas com semelhante função), onde a coisa acontece.
O estádio é tão imenso que te engole. Na hora de gritar olé, todo o mundo grita; na hora de gritar gol, todo o mundo grita, e na hora de gritar juíza de filha da puta por ter expulsado a Cristiane, todo o mundo grita.



Quanto à prática do futebol (e ao jogo que tive hoje), é tão bom ganhar que, quando meu time ganha, a vida ganha um novo sentido. (Favor interpretar devidamente cada afirmação repleta de encanto, bem como esta última.)

9.10.09

Misscomunication

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Uma vez, provavelmente depois de uma discussão, minha mãe me disse: "fale o óbvio." Eu poderia trocar minha mãe por alguém, pra dar um tom mais sério ao post, mas assim é pra vocês aprenderem que mãe também é pra ser levada a sério. (Morram tentando entender a ironia verdadeira.)
Ela me disse pra aprender a falar o óbvio, porque a gente sempre pensa que o outro sabe do que a gente tá falando e se irrita quando ele entende tudo errado. Morro de preguiça de contextualizar o meu pensamento. Além do mais, sempre penso que soo redundante repetindo o que o meu cérebro já cansou de saber. Mas meu ponto, agora, é que, às vezes, a prolixidade se faz necessária. Não precisa ser como minha mãe, que é como minha vó, que conta a história da vida de uma pessoa pra depois contar alguma coisa que ela fez. Mas um pouco além do curto e grosso vai bem. Pode ser curto, grosso e claro. Contanto que dê pra entender. Entendeu?
Isso vale pra tudo na vida. Vale, inclusive, pra aula que eu vou dar agora. Dou uma aula inteira sentindo que falo só óbvias e desnecessárias. Lucky me, quem tá do outro lado ainda não concorda.

8.10.09

Seleção

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Acho engraçado o quão seletivos em relação a amizades somos nós. Não é nada consciente (ou não deveria ser), mas se eu fosse classificar meus amigos usando o mesmo método que a fonologia usa pra classificar fonemas, tipo [±consonantal] (significando é/não é consonantal), (só que com, por exemplo, "ranheta" ao invés de termos fonológicos), eles teriam muitos traços em comum.

... Constatações idiotas geralmente vêm de pessoas idiotas. Agora fiquei com preguiça de desenvolver isso.