28.6.09

Sobre a cabeça dura:

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Uma hora ela quebra.

Acho que tem dias que simplesmente foram feitos pra não ser, e, se eu não fosse eu, eles não seriam tão... assim. Talvez se marcasse na agenda o meu período menstrual e previsse TPMs isso se resolvesse... mas, como eu não marco, não dá nem pra chamar de TPM.

25.6.09

Sobre o Mia Couto:

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Ele é genial.

Não que eu tenha lido algum dos vinte e quatro ou vinte e cinco livros dele, mas ele, quanto pessoa, é genial. E disso conclui-se que eu o conheci, é claro. Não como amigo, sim como personagem principal duma conversa no local em que eu costumava frequentar as aulas, e, teoricamente, aprender algo. Achei graça quando a amiga da minha mãe disse pro coordenador que agora eu faço Letras e ele respondeu que "talvez algo daqui tenha te marcado". Talvez os treinos de futsal e a ida ao Hopi Hari concedida às salas vencedoras do campeonato interclasses. Nada mais. Confesso que o futsal me fazia feliz.
Mas voltado ao Mia, vou dar vazão ao meu lado menininha e dizer que ele é uma gracinha. Sabe, aos dois anos ele comia com os gatos e pediu para os pais para se chamar Mia. E ainda teve a coragem de admitir que hoje não sabe mais se gosta tanto assim desse nome, e que gosta mais de cachorros.


(Caso vocês cliquem no link e se perguntem se a Livraria Cultura me pagou por isso: eu bem que gostaria. É que não gostei do resumo do Wikipédia.)

23.6.09

Sobre a mente humana:

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Ela é viciada.

Não é enlouquecedor quando você passa algum tempo jogando Tetris, Poker, War, Age of Empires, videogame, dados ou o jogo que mais te viciar, para, fecha os olhos e continua vendo as combinações deles? Eu monto impérios romanos antes de ir dormir. E nunca paro de apostar depois do poker, dando all-in em tudo. E saio dizendo "eu tenho uma trinca de dois e um seis de kicker. Duvida?" depois de jogar dados sem ter dado nenhum na mão por perto.
Quero ir na luderia. Vamos? É tão viciante jogar. Preciso jogar. É isso o que eu tenho feito na internet nas horas vagas (e olha que são muitas horas). É bom, se eu mantiver esse ritmo não vou precisar fazer exercícios pra memória quando a velhice bater - mais ou menos o que eu tenho feito com a minha avó. Hoje foi o dia de Damas. Quase uma hora depois e muitas repetições de "vó, é só no branco", "vó, só pode andar na diagonal", "vó, só dá pra andar pra frente" e "por que você andando com a minha peça, mesmo?", o jogo acabou. Mas o mais engraçado mesmo foi quando eu disse pra gente jogar jogo da velha e ela morreu de rir.

18.6.09

Que fase, mano...

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Assaltaram minha mãe à mão armada e levaram o carro, a bolsa, tudo. A paciente dela, quando saiu do carro, teve um momento desesperopavor, foi pra trás da árvore e ficou agarrada ali, com os olhos do tamanho dum prato. Ou pelo menos foi o que eu entendi da descrição da minha mãe. É sempre assim: estar na hora errada, no lugar errado. E o cara parecia o "Dolby", segundo ela. Não parecia o Sméagol? É, é, parecia mais com esse.



E tem gente que acha que precisa de polícia militar na Cidade Universitária por questões de segurança. Jura? JURA? VAI PRA PUTA QUE TE PARIU E COLOCA POLÍCIA ONDE PRECISA, PORRA.

16.6.09

Sobre o frio:

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Quero o calor.

Sobre o Feriado:

Meus dedos do pé ficaram no sítio, minhas roupas voltaram cheirando a queimado e eu, viciada em dados e Texas Hold'em. Tá na hora do sol, porque com greve dá mais preguiça de treinar.

E sobre o sono:

Perdi uma palestra com o Antônio Candido e com a Marilena Chauí. Fui dormir à meia-noite e meia e acordei à uma da tarde. É que meus ancestrais eram sedentários e grandes conhecedores da agricultura e da pesca, e tinham muito tempo ocioso, o qual gastavam muito bem dormindo. E aí, fiquei assim.

Sobre ser tímida

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Pro cobrador: Me avisa quando chegar o Mackenzie?
É no próximo ponto, e faz um movimento de cambalhota no ar com o dedo.
Dá uma batida no peito do menino: É no próximo, e faz um movimento de cambalhota dupla no ar com o dedo. Não esse, o próximo.
Estica o braço, o menino olha. Recolhe o braço.
- Er... o Mackenzie, é no próximo ponto. (E a voz quase para no fundo da garganta.)
- 'Brigado.
- De nada.

É assim: ensaia-se uma fala umas três vezes e fala outra diferente na hora, nada corre conforme o planejado e a voz, quando sai, sai mal. Mas tudo bem, nada que terapia a vida inteira não seja capaz de resolver.

10.6.09

Mais relatos de um babaca

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Tem gente que não combina com o apelido que se dá, né? Acho que Debbie não cabe em ninguém, mas se ninguém tivesse que ter cara de alguma coisa, pra mim seria uma menina meiga do sorriso falso. 

Flávia

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Debbie veio até mim e disse c'mon babe, what are you waiting for?, ao que eu respondi you to come along e nós fomos direto pro balcão tomar todas até eu não aguentar mais aquele sorriso de mentira com dente de batom e ir embora. Podia ter sido tudo aquilo que eu febrilmente ensaiei na minha cabeça: ela vindo até mim, o diálogo, o álcool e o sexo. Era só ficar de boca fechada. De uma forma ou outra, é o que todo o homem deseja. 

João

8.6.09

Herpes fromhellus

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Tentei me desenhar pra ilustrar minha herpes, mas essa coisa de desenhar si próprio nunca dá certo, portanto não tentem me visualizar. 
Não pedi pra Amanda fazer, porque desenhar herpes requer um pouco de maldade. Tá ali, no cantinho da boca. Onde mexe quando você abre a boca pra comer, beber, falar. É de foder. Vou passar os próximos dias abrindo a boca só pra reclamar. Coitada da Amanda. 



4.6.09

Tô esperando...

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... pela inspiração da minha ilustradora pra postar meus textos. Aliás, esqueci de discorrer sobre o assunto aqui, mas é isso mesmo: agora teremos Amanda Spadotto ilustrando os posts. Uma pequena leitora  me contou que gostaria de ver ilustrado o post dos bichos. 
E já que esse post é pra vocês, meus fiéis leitores pouco existentes, gostaria de informar ao leitor de número 500 que não pagarei nem uma cerveja enquanto ele insistir em sair com minha irmã e não tiver a dignidade de passar na minha casa pra me dar oi. 

Chega de me achar estrela.