7.4.12

Passé Composé (De quoi?)

É, ninguém escolhe nascer. E, às vezes, o curso da vida consegue ser mais imprevisível do que o previsto. Mas, até aí, se a gente parar pra pensar no que não foi, a gente só sofre e, em termos práticos, acaba sendo contraproducente. E então, o que fazer? Não pensar? Não sei dizer a regra geral da vida, mas eu vejo assim: uma vez que não se pode apagar o passado, é melhor aprender a conviver com ele. E a mente tem uns recursos, digamos, interessantes, pra fazer a gente passar por cima de um monte de coisas. E, se esquecer não fosse interessante, eu não citaria aqui Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças citando Nietzsche: "Blessed are the forgetful: for they get the better even of their blunders.". Mas esquecer do que interessa é utopia equivocada. Fechar os olhos pro problema nunca ajudou a solucionar.

Já é tarde e é melhor eu ir deitar, ou amanhã não esquecerei das horas que eu não dormi.